Cibercultura #12

Navegar na Internet é como passar um dia em um parque de diversões, um playcenter com circo e maçã do amor, para quem tem interesse na cibercultura.

Como a TV e os jornais impressos, que ainda buscam uma nova forma de relação com o público após a rede ter se transformado em um fenômeno cultural, a web também tem sua audiência e vai além quando nos referimos a comunicação.

Descentraliza a distribuição da informação. De um para todos, da mídia tradicional , para permitir uma relação todos-todos. Isto porque esta nova relação midiática proporciona uma leitura dos diferentes tipos de textos(que podem ser lidos, ouvidos e vistos) e uma forma de interação com os mesmos.


Em nossa jornada desbravando o mundo virtual e questionando alguns aspectos e possibildades que nos são sugeridos , pela imensa troca de informação que há na rede, conseguimos estabelecer um diálogo com uma temática que gravita na órbita da cibercultura. O pós humanismo.

Em um primeiro momento tomei conhecimento do assunto pela ficção científica. Mas ao me aventurar pelo ciberespaço descobri uma discussão que era e é mais abrangente. Assim, ao acessar o site “Culturas Midiáticas” http://www.cchla.ufpb.br/ppgc/culturasmidiaticas.php , a revista do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba, visualizamos uma nova perspectiva que nos possibilitou um link , por meio da resenha de Paulo Cirne de Caldas(Doutor em Comunicação Social pela PUC-RS) sobre um livro de Francisco Rudigger sobre cibercultura e pós humanismo, com um assunto que havíamos levantado em Cibercultura #5 https://tecnocibernetico.wordpress.com/2010/07/27/cibercultura5/

 

Rudigger, doutor em Ciências Sociais pela USP, é professor de Comunicação na PUC-RS. Em seu posicionamento crítico pensa a dialética homem/máquina. Ele cita a obra do escritor de ficção Daniel Galouye que mencionamos em Cibercultura # 2 https://tecnocibernetico.wordpress.com/2010/07/21/cibercultura-2/

 

.Conheci a trama por meio de sua versão cinematográfica, “13º Andar” que foi inspirada no livro “Simulacron 3”. Sendo que a narrativa trata da maquinização do homem e de sua submissão ao pensamento tecnológico. Atualmente, podemos encontrar indícios de que nossa sociedade está cada vez mais robotizada. Estaríamos vivendo uma época de transição?

O pós-humanismo, do qual citamos em Cibercultura # 5  https://tecnocibernetico.wordpress.com/2010/07/27/cibercultura5/

, é um reflexo desta possibilidade. Naquele texto mencionamos os extropianos e os transtropianos, legítimos representantes de uma vanguarda deste tipo de pensamento. Entretanto, naquele momento não observamos que a política libertária dos transhumanistas tem um caráter elitista. Isto porque sua s aparentes vantagens não abrangeriam a coletividade. Geraria uma nova e reciclada luta de classes? Ou seria mais adequado utilizar o termo luta de espécies? De um lado os seres humanos com sua fragilidade física e emocional e de outro os superhomens tecnologizados?

Ben Goertzel

Ben Goertzel estabelece um link dos extropianos com Nietzche. No sentido em que o filósofo tentava expor em seu pensamento uma mudança de valores em busca de uma nova mentalidade. Isto possibilita fazer uma ligação com a eugenia que abriu as portas para as atrocidades nazistas. A comparação pode ser feita pois fizeram uma interpretação distorcida do texto nietzcheano e entenderam o super homem como uma antevisão da supremacia da raça pura, dos mil anos do reich. E isto é, foi e será, eternamente, algo nociso para a humanidade.

O discurso dos transtropianos, uma vez que os extropianos encerraram suas atividades para se unir a outras correntes transhumanistas, defende o pensamento radical progressista, descartando qualquer menção tipo de caráter de pensamento socialista, e afirma que a tecnologia é libertadora. A tecnologia, em sua essência, pode libertar o homem de sua condição humana. Isto, incluiria a superação da morte por meio de um UP LOAD . Que, por sua vez, seria a transferência do cerébro do corpo humano para uma máquina. Entretanto, uma pergunta fica no ar ou naquele ambiente onde fica a voz enquanto falamos no celular. Valeria a pena abandonar a nossa condição de ser humano por uma imortalidade virtual?

Autor: Tecnocibernetico

https://www.eusemfronteiras.com.br/autor/carlos-pompeu/

6 comentários em “Cibercultura #12”

  1. …Pomps : não consigo sequer fazer o exercício de pensar a pergunta com q encerra este post ! Tamanha a sensação de ,no mínimo ,estranhamento … Não consigo pensar uma existência diferente daquela que experimento – a única q conheço … Além disso ,sou tomada de uma sensação de quase horror : um “up load ” do meu cérebro ,do meu “eu” ,enfim do que pensa em mim para uma máquina??? Nãoooooo!!!! Assim ,seu blog conseguiu de novo : manteve-me atenta ,me tocou!!! Bjuu de Sampa ,Luna (www.myspace.com/novamorena )

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